A previsão (estimativa) de risco busca classificar cada risco de dois modos:
- a probabilidade de que o risco seja real e ocorrerá; e
- as consequências dos problemas associados ao risco, se ele ocorrer.
Normalmente, nenhuma equipe de software dispõe de recursos para tratar todos os riscos possíveis com o mesmo grau de rigor. Categorizando os riscos (para uma posterior priorização), a equipe pode alocar recursos onde eles vão ter maior impacto.
Uma tabela de riscos pode ser utilizada como uma técnica para estimativa de risco. A tabela é um exemplo de tabela para estimativa/previsão de risco.
A elaboração da tabela de riscos segue os passos:
- a listagem de todos os fatores de risco (não importando quão remotos sejam) é colocada na 1ª coluna da tabela – Riscos;
- cada fator de risco é categorizado na 2ª coluna – Categoria;
- na 3ª coluna – Probabilidade, coloca-se a probabilidade de ocorrência de cada fator de risco. Para isso, várias técnicas podem ser utilizadas. Dentre elas, a técnica Delphi, que utiliza valores estimados individualmente por cada membro da equipe para se chegar em um valor de “consenso”.
- na 4a coluna – Impacto é estimado o impacto de cada risco, seguindo, por exemplo, as seguintes categorias:
- Catastrófico (Valor de Impacto = 1)
- Crítico (Valor de Impacto = 2)
- Marginal (Valor de Impacto = 3)
- Negligenciável (Valor de Impacto = 4)
Riscos | Categoria | Probabilidade | Impacto |
Estimativa de tamanho pode ser baixa | Tamanho do produto | 60% | 2 |
Número de usuários maior que o planejado | Tamanho do produto | 30% | 3 |
Menos reúso que o planejado | Tamanho do produto | 70% | 2 |
Usuários finais resistem ao sistema | Impacto do negócio | 40% | 3 |
Prazo de entrega apertado | Impacto do negócio | 50% | 2 |
Financiamento perdido | Impacto do negócio | 30% | 1 |
Cliente modificará os requisitos | Tamanho do produto | 80% | 2 |
Tecnologia não satisfará expectativas | Tecnologia a ser usada | 30% | 1 |
Pessoal inexperiente | Tamanho e experiência da equipe | 30% | 2 |
Rotatividade alta | Tamanho e experiência da equipe | 60% | 2 |
Uma vez criada a tabela de riscos, a análise de riscos pode ser feita de forma quantitativa ou qualitativa.
De acordo com o PMI/PMBoK (2013, p. 328) realizar a análise qualitativa dos riscos
é o processo de priorização de riscos para análise ou ação adicional através da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. O principal benefício deste processo é habilitar os gerentes de projetos a reduzir o nível de incerteza e focar os riscos de alta prioridade.
Ainda de acordo com o PMI/PMBoK (2013, p. 328) realizar a análise quantitativa dos riscos
é o processo de analisar numericamente o efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto. O principal benefício desse processo é a produção de informações quantitativas dos riscos para respaldar a tomada de decisões, a fim de reduzir o grau de incerteza dos projetos.
Para realizar a priorização dos riscos, a tabela de riscos é ordenada por probabilidade e por impacto. Os riscos com alta probabilidade e alto impacto vão para o alto da tabela e os riscos com baixa probabilidade vão para a parte de baixo. Esse procedimento é denominado “priorização de riscos de primeira ordem”.
Em seguida, uma linha de corte é estabelecida: riscos situados acima da linha receberão atenção subsequente. Riscos que ficam abaixo são reavaliados para se chegar a uma priorização de segunda ordem.
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