segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Requisitos na Modelagem Ágil

Considere a seguinte situação: a equipe de desenvolvimento recebe a seguinte solicitação: “Os usuários antigos do sistema devem ser removidos, afinal todos os que não trabalham mais na empresa não precisam estar em nossa base de dados.”

Após ouvir uma solicitação destas, no modelo tradicional, abre-se uma solicitação e possivelmente um programador executará uma rotina para apagar todos os usuários antigos, deixando na base apenas os ativos.

Já em modelagem ágil, esta solicitação será analisada pela equipe, que a classificará dentro da lista de requisitos a serem atendidos pela equipe de desenvolvedores, avaliando sua prioridade e motivo. A equipe estará atenta à solicitação e considerará com o solicitante outros fatores que ele possa desconhecer, avaliando as consequências que tais ações podem desencadear. A equipe considerará, entre outras coisas, que há no sistema um log de movimentação que registra, com base no cadastro de usuário, qualquer alteração ocorrida na base como um todo. Então, vão concluir que o cadastro não pode ser excluído e que basta apenas que se adicione um atributo de ativo ou inativo. A partir disso, podem-se omitir os inativos dos relatórios e das telas, mas nunca perder a informação de quem efetuou a movimentação.

Como é possível notar, é necessária uma percepção adequada de cada situação apresentada.

Há dois fatores básicos para se alterar os requisitos de um sistema:

  • entender a real necessidade da alteração;
  • manter a equipe ciente do que está acontecendo.

Segundo Cockburn (2001), a novidade nos modelos ágeis não está nos métodos ágeis, mas no envolvimento de pessoas que participam do sucesso do projeto e que estão focadas na capacidade de gestão do negócio.

Normalmente estes modelos ficam expostos à equipe e às pessoas interessadas. É muito comum a utilização de planilhas eletrônicas compartilhadas que contenham todos os modelos em análise ou aplicação.

Há apenas um perigo que se deve considerar quando os modelos ágeis são analisados, que é o excesso de informações desnecessárias.

Imagine um mapa que o guiará para chegar ao seu destino. Se nele você encontrar um número excessivo de detalhes, ele pode se tornar ineficaz. Como, por exemplo, mostrar a quantidade de bueiros, postes, casas ladrilhadas ou não, prédios com elevadores ou não, qualidade das calçadas do trajeto e a quantidade de faixas de pedestres existentes nas proximidades... informações totalmente desnecessárias, não é mesmo? Assim como este excesso de informações torna o mapa ineficaz, o excesso de itens a serem modelados pode tirar a agilidade do modelo. Neste momento, o uso de abstrações torna-se imprescindível.

domingo, 30 de agosto de 2020

Modelagem Ágil

A modelagem ágil pode ser definida como “um framework para o cotidiano”. Esta definição de modelagem ágil é uma realidade para as empresas que necessitam de desenvolvimento eficiente. A modelagem ágil estabelece um conjunto de práticas no desenvolvimento de software que está cada vez mais se tornando habitual. Mas, diferente do que muitos pensam, não existe um modelo predefinido ou um conjunto de regras a serem adotados. Na modelagem ágil, cada equipe, dentro de suas atribuições e características dos projetos da empresa, adota uma forma ágil mais adequada para atender suas demandas.

Modelagem ágil.

 

Por Karashaev / shutterstock.com

Isto quer dizer que, em modelagem ágil, apenas é mostrado o caminho e a equipe adota as práticas mais adequadas dentro do conceito ágil.

Se alguém lhe perguntasse qual a diferença entre lei e princípio, o que responderia?

Uma das respostas possíveis seria: “Leis são escritas em papéis enquanto princípios são escritos em nosso coração e passados de geração em geração por nossos familiares”. O mesmo se aplica à modelagem ágil: você não vai encontrar leis ou definições para o desenvolvimento em modelo ágil, mas encontrará as melhores práticas ou princípios que muitos adotam. Se estas práticas lhe serão úteis ou não, depende exclusivamente de você e de sua equipe de desenvolvimento. Portanto, não há leis preestabelecidas, apenas princípios adotados.

Na área de TI existem muitas regulamentações e recomendações. As regulamentações estão relacionadas às práticas que devem ser seguidas para se obter uma certificação, por exemplo. Já as recomendações são boas práticas que podemos ou não seguir, ou, ainda, seguir parcialmente. Isso não implicaria em uma certificação.

Uma das fases importantes da modelagem ágil são as histórias contadas, geralmente, pelo responsável por representar o cliente dentro da equipe de desenvolvimento. Estas histórias determinarão o caminho ideal a ser seguido na modelagem. Elas são apresentadas nos Story-Writing Workshops, oficinas das quais também costumam participar todos os envolvidos que contribuem para o entendimento do produto.

A modelagem ágil visa colocar em prática o conjunto de valores que o negócio já possui. Vamos imaginar um brainstorm em que todas as ideias são apresentadas e depois são colocadas em uma sequência desafiadora de ações e procedimentos. A modelagem ágil pode começar a ser aplicada desta forma.

Por Rawpixel.com / shutterstock.com.

Talvez neste ponto você esteja indagando: “até agora falamos de desenvolvimento, e nem sequer uma vez falamos de linguagem de programação, como isso é possível? E quando vamos falar deste assunto?”.

Vamos voltar a um conceito antigo relacionado à lógica de programação. Os mais experientes se lembram que, antes de começar a se desenvolver um programa, fazia-se um diagrama de fluxo de dados estruturado do sistema, desenhava-se o fluxograma e somente então é que se iniciava a programação em si. Estes profissionais mais experientes entendiam que, se você soubesse passar por estas fases antes da programação, a linguagem de programação era um detalhe. Poderia ser qualquer linguagem, pois a lógica de funcionamento do programa é a mesma. Na modelagem ágil ocorre o mesmo, a linguagem é um detalhe que pode ser pensado e adotado depois do entendimento dos requisitos que o software precisa atender.

Não se tem a intenção, com isso, de menosprezar linguagens eficientes de programação, mas apenas propor uma quebra de paradigma. Esta abordagem tenta voltar aos conceitos antigos, pelos quais o programador programava e o analista fazia a análise de dados. Mas não menospreza um ou valoriza muito o outro. A princípio, todos os profissionais têm condições de atuar com a modelagem ágil, mas devem se desvencilhar de conceitos equivocados que, eventualmente, o ambiente gráfico tenha imposto a eles.

sábado, 29 de agosto de 2020

Fundamentos das Metodologias Ágeis

 O termo “ágil” faz referência à capacidade de adaptação às mudanças de contexto e às modificações de especificações que acontecem durante o processo de desenvolvimento. Quando entendemos a importância da aplicação de um modelo ágil, passamos a ter um comportamento mais profissional, buscando aplicar técnicas de desenvolvimento visando garantir o sucesso do projeto. Apresentaremos os conceitos que fundamentam as metodologias ágeis de desenvolvimento.

Definição de métodos ágeis

Visando melhor entendimento deste tópico, vamos comparar o modelo tradicional de desenvolvimento a um arqueiro que necessita atingir um alvo. Ele tem a relativa tranquilidade de preparar seu arco e flecha, tempo para identificar o alvo e tempo para buscar a concentração necessária para um tiro certeiro.

Por Helder Almeida / shutterstock.com.

No desenvolvimento com modelos ágeis a complexidade, comparada ao arqueiro, aumenta. Identificamos os seguintes componentes: o alvo, que agora é uma maçã posicionada sobre a cabeça de alguém, e um cronômetro, fazendo uma contagem regressiva acusando o tempo que falta para cumprir a tarefa. O sucesso do negócio pode depender exclusivamente do fato de que os desenvolvedores precisam usar métodos ágeis e eficientes, pois os clientes e o mercado precisam ver seu produto/serviço antes que veja os da concorrência. Querer um prazo mais dilatado ou uma segunda oportunidade para o acerto nem sempre é uma opção aceitável. Nesta situação, o uso de modelos ágeis pode ser a única opção aceitável na busca do sucesso.

Segundo o Standish Group, os principais fatores para um número ainda tão alto de projetos que não alcançam seu objetivo estão relacionados a projetos de software que não têm informações claras sobre o papel das pessoas (equipe envolvida no projeto), suas responsabilidades, requisitos e, também, por inabilidade para acompanhar o que ocorre em cada um dos diferentes passos do ciclo de vida da aplicação. (INFOQ.com, 2015)

Para vencer esta inabilidade, o modelo ágil mostra a possibilidade de superação de trauma com a sugestão de quebra de paradigmas. Assim, podemos dizer que os modelos ágeis têm como objetivo vencer as dificuldades enfrentadas no desenvolvimento de aplicativos eficientes dentro de um prazo aceitável. É um conceito associado a formas de desenvolver aplicativos que atendam aos requisitos do negócio. Significa quebrar paradigmas e contribuir para um procedimento eficiente.

O aperfeiçoamento contínuo de técnicas, processos, estratégias e metodologias para o desenvolvimento de projetos em ambientes de extrema incerteza levou o gerenciamento de projetos a um novo patamar, em que é possível encontrar uma solução que eleve o valor de cada iniciativa para a empresa e reduza o tempo de espera pela solução.

Essas soluções são chamadas de Métodos Ágeis, conjuntos de melhores práticas que auxiliam no desenvolvimento de projetos de todos os portes e níveis de complexidade, contribuindo para que se obtenha maior sucesso ao final de cada empreitada.

Conhecer esses Métodos Ágeis e o que eles podem fazer pela sua empresa é fundamental para manter a competitividade e alcançar melhores oportunidades de negócios (MASSIMUS.com, 2016).

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Controle e Monitoramento

Como já vimos, nesta fase nosso gerente de projetos estará envolvido em atividades de monitoramento e controle, verificando se o trabalho do projeto está sendo executado de acordo com o planejamento elaborado e atualizando os documentos gerados nos grupos anteriores. Aqui, o gerente de projetos:

  • Mede o desempenho do projeto;
  • Toma ações corretivas em algum desvio ocorrido;
  • Realiza auditoria; e
  • Administra contratos, entre outras atividades.

Encerramento

Neste grupo, o gerente de projetos estará formalizando o final das atividades, obtendo o aceite formal do cliente com o produto ou serviço entregue. O gerente finaliza os relatórios de desempenho, arquiva a documentação do projeto, libera os recursos e encerra, formalmente, o projeto ou parte dele por meio de um termo de encerramento de um projeto, como o mostrado na Figura.

Exemplo de termo de encerramento do projeto.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Execução

No grupo de processos de Execução, o gerente de projetos coloca em execução as atividades desenvolvidas no grupo de Planejamento. Aqui, basicamente, o gerente de projetos segue os passos ilustrados na Figura e atualiza as documentações durante a execução do projeto.

Exemplo de atividades a serem desenvolvidas no grupo de Execução.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Planejamento de Aquisições do Projeto

Enquanto nosso gerente de projetos planeja o projeto, ele faz uma análise prévia para saber se o projeto será desenvolvido internamente (na própria empresa) ou se será desenvolvido externamente (fornecedor). Normalmente, existe um departamento específico para controle de aquisições em uma organização (Compras, Jurídico etc.) e se o gerente chegar à conclusão que é melhor desenvolver o projeto (total ou parcialmente) por terceiros, esse departamento deve ser envolvido no projeto para administrar os contratos. Este processo varia de acordo com o tipo de empresa em que se atua.

Nesta etapa, o gerente de projetos deve auxiliar o departamento responsável pelas aquisições detalhando o trabalho do que deve ser adquirido por um fornecedor em um documento chamado Declaração de Trabalho da Aquisição. Outros documentos usados em aquisições são a RFQ – Request for Quotation e a RFP – Request for Proposal.

Um exemplo de ciclo de atividades que pode ser seguido, nesta etapa, está ilustrado na Figura.

Exemplo de fluxo no planejamento de aquisições.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Planejamento de Riscos do Projeto

Nosso gerente também sabe que o projeto está sujeito a riscos que impactam no seu sucesso, portanto, a elaboração de um planejamento de riscos, impactos e possíveis soluções são essenciais. Isso garante uma ação proativa por parte do gerente de projetos.

Em conjunto com stakeholders ou até mesmo utilizando opinião especializada (consultorias, por exemplo), o planejamento dos riscos do projeto é uma arma eficiente de contornar possíveis problemas.

A Figura mostra um exemplo de um plano de gerenciamento de riscos do projeto.

Exemplo de Plano de Gerenciamento de Riscos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Matriz de Responsabilidades – RACI

Outro ponto importante no trabalho deste gerente de projetos é a definição dos papéis e responsabilidades dos recursos em cada atividade. Para isso, o gerente elabora a matriz RACI que é uma importante ferramenta de apoio no gerenciamento dos recursos humanos e das comunicações.

A matriz RACI é usada para formalizar os papéis e responsabilidades durante um projeto e uma forma de delegação de responsabilidades aos integrantes da equipe de projeto. A Figura ilustra um exemplo de matriz RACI.

Detalhadamente, na matriz RACI definem-se:

[R]esponsible – responsável pela execução da tarefa.

[A]ccountable – prestador de contas, responsável pela aprovação.

[C]onsulted – consultor da tarefa e responsáveis por fornecerem informações úteis para a conclusão da tarefa.

[I]nformed – pessoas informadas sobre o progresso e status da tarefa.

Exemplo de matriz de responsabilidades do projeto.
Gráfico RACI Indivíduo
Atividade Ana João Carlos Cláudia Sueli
Criar termo de abertura A R I I I
Coletor os requisitos I A R C C
Apresentar solicitação de mudança I A R R C
Desenvolver plano de testes A C I I R
R = Responsável / A = Responsável pela aprovação / C = Consultar / I = Informar Fonte: PMI (2013, p. 262).

domingo, 23 de agosto de 2020

Plano de Comunicação

Segundo o PMI-PMBoK (2013), o plano de comunicação serve como um guia para a comunicação durante a duração do projeto.

Este plano é um documento ativo e é atualizado periodicamente durante todo o projeto, transmitindo a mensagem correta, do transmissor ao público correto, pelo canal e tempo adequados. Um bom plano de comunicação (veja exemplo na Figura) deve especificar:

  • O público-alvo a quem se destina a comunicação;
  • O conteúdo da comunicação;
  • A periodicidade de comunicação para cada tipo de público-alvo;
  • Os resultados desejados na comunicação;
  • Como a mensagem será entregue; e
  • Quem enviará a comunicação (Remetente).
Exemplo de Plano de Comunicação de Projeto.

sábado, 22 de agosto de 2020

Cronograma do Projeto

De posse de todas essas informações, o gerente de projetos possui uma base para o desenvolvimento do cronograma, execução e controle do trabalho do projeto.

Na construção do cronograma é necessário que o gerente de projetos inclua as datas planejadas de início e término de cada atividade. Mas, se o planejamento de recursos for realizado em um estágio inicial, o cronograma do projeto continuará sendo preliminar até que as atribuições de recursos sejam confirmadas e as datas de início e término agendadas sejam estabelecidas.

O gerente de projetos pode apresentar o cronograma do projeto de forma sumarizada (chamado de cronograma mestre ou de marcos) ou em detalhes. Normalmente, o cronograma é apresentado de forma gráfica, usando alguns formatos como:

  • Diagrama de rede do cronograma do projeto: este formato apresenta informações sobre a data das atividades, sequência de atividades e atividades de caminho crítico (CPM - Critical Path Method) do cronograma do projeto.
  • Gráfico de Barras: formato com barras representando as atividades que são facilmente visíveis e usadas em apresentações gerenciais. Mostram as datas de início e fim, além da duração planejada de cada atividade.
  • Gráfico de Marcos: semelhante ao gráfico de barra, este formato identifica o início ou fim planejado das principais entregas.

Na administração, ou mais especificamente na área de gerenciamento de projetos, o caminho crítico ou CPM é um termo criado para designar um conjunto de tarefas vinculadas a uma ou mais tarefas que não têm margem de atraso.

A Figura mostra exemplos (gráfico de barras) de um cronograma de marcos, de um cronograma sumarizado e de um cronograma detalhado, além dos relacionamentos entre os três diferentes níveis de apresentação de cronogramas.

Exemplos de cronograma de projeto.

A Figura mostra um exemplo de cronograma detalhado criado com o MS-Project da Microsoft.

Cronograma de projeto criado com o MS-Project da Microsoft.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Definição de Atividades, Sequenciamento, Recursos, Custos e Duração

Nosso gerente de projetos inicia o planejamento e desenvolvimento do cronograma do projeto definindo as atividades, sequenciamento, recursos, custos e duração. O desenvolvimento do cronograma é cíclico, pois nas etapas iniciais do projeto ainda não se possui um detalhamento das atividades e isso é obtido com o progresso do projeto. Esse processo, normalmente, ocorre até o término do PGP (Plano de Gerenciamento do Projeto).

De posse da EAP (Estrutura Analítica do Projeto) o gerente de projetos chega aos pacotes de trabalho que são decompostos em componentes chamados atividades que representam o trabalho necessário para completar o pacote de trabalho.

O gerente de projetos deve também iniciar o processo de sequenciamento das atividades para completar os pacotes de trabalho. Para isso, o gerente deve identificar e documentar os relacionamentos entre as atividades do projeto, conectando a atividade predecessora e a sucessora (ou seja, as saídas de uma atividade anterior são entradas da atividade posterior) utilizando a EAP.


Exemplo de sequenciamento de atividades da EAP.


O próximo passo é planejar os recursos das atividades que estabelecem uma estimativa dos tipos e quantidades de material, pessoas, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade.


Exemplo de alocação de recursos humanos.


O gerente de projetos deve estimar os recursos de cada atividade em conjunto com o processo de estimar os custos necessários para executar cada atividade. Para isso, o gerente inclui a identificação de alternativas de custo para iniciar e terminar o projeto (por exemplo: considerar fazer a comprar, comprar ou alugar, compartilhar recursos para alcançar custos otimizados para o projeto etc.). Para finalizar, o gerente de projetos inicia o processo de estimativa de duração de cada atividade. A Figura abaixo, mostra um exemplo dessas atividades.

Exemplo de estimativa de custo e duração por atividade feito no software WBS Chart Pro.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Estrutura Analítica do Projeto (EAP)

Seguindo o planejamento, o gerente de projetos também inicia a construção da EAP ou WBS (WorkBreakdownStructure).

A EAP é criada no início do projeto, detalhada no grupo de processos de planejamento (na área de conhecimento de gerenciamento de escopo) e, também, usada e atualizada, quando necessário, no grupo de processos de Execução e Controle e Monitoramento do projeto.

Este documento possui as entregas do projeto divididas em componentes menores, orientada às entregas do trabalho a ser executado pela equipe para atingir os objetivos do projeto e criar as entregas requisitadas. Isso torna o gerenciamento mais eficaz e fácil, definindo, gradualmente, um detalhamento da definição do trabalho do projeto.

Nos níveis mais baixos da EAP encontramos os pacotes de trabalho que podem ser monitorados e controlados. A Figura 30 ilustra um modelo de como uma EAP pode ser construída.

Modelo para criação da EAP.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Declaração do Escopo do Projeto

A Declaração do Escopo do Projeto é um processo que faz parte da área de conhecimento de gerenciamento de escopo. Nosso gerente de projetos inicia o seu desenvolvimento, em conjunto com outros stakeholders, a partir do detalhamento do objetivo mencionado no TAP e premissas e restrições do projeto são analisadas e detalhadas para garantir que estejam completas. Este documento é atualizado sempre que se fizer necessário.

As informações da declaração de escopo do projeto são importantes para se definir o produto ou serviço e todas as atividades necessárias para alcançar os objetivos previamente definidos no TAP dentro do orçamento, do prazo e com qualidade. A Figura ilustra um exemplo de modelo da Declaração do Escopo do Projeto a ser preenchida pelo nosso gerente de projetos.

Exemplo de declaração do escopo do Projeto

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Planejamento

Formalizado o início do projeto com a criação do TAP ou Project Charter, inicia-se uma fase de planejamento. Como dito anteriormente, todas as questões relativas ao projeto do software devem ser planejadas e detalhadas no grupo de processos de planejamento.

Aqui o gerente de projetos deve iniciar o detalhamento do escopo do projeto, desenvolver o cronograma, detalhar o orçamento, definir métricas de qualidade do software, identificar riscos, atividades a serem executadas, definir os recursos necessários para execução, entre outras importantes atividades.

No grupo de processos de Planejamento, o gerente de projetos deve desenvolver o PGP (Plano de Gerenciamento do Projeto), processo que faz parte da área de conhecimento de gerenciamento de integração. O PGP documenta as ações necessárias que definem, preparam, integram e coordenam todos os planos auxiliares (plano de gerenciamento de escopo, plano de gerenciamento de requisitos, plano de gerenciamento de custos, plano de gerenciamento da qualidade, plano de gerenciamento de recursos humanos, plano de gerenciamento de riscos etc.).

Além disso, o PGP define como o projeto é executado, controlado e encerrado e seu conteúdo pode variar de acordo com a área de aplicação e sua complexidade. Assim, como o projeto é progressivo, o PGP é detalhado no transcorrer do projeto e é elaborado pelas atualizações, devendo ser controlado e aprovado a cada modificação.

De uma forma resumida, no grupo de processos de Planejamento encontramos algumas atividades fundamentais ao projeto, como:

  1. Documentação e publicação da Declaração de Escopo do Projeto;
  2. Desenvolvimento da EAP (Estrutura Analítica do Projeto) ou WBS (WorkBreakdownStructure);
  3. Definição de atividades, sequenciamento, recursos, custos e duração;
  4. Desenvolvimento do Cronograma do Projeto;
  5. Desenvolvimento do Plano de Comunicação;
  6. Definição da Matriz de responsabilidades – RACI (Responsible, Accountable, Consulted and Informed);
  7. Planejamento de Riscos do Projeto;
  8. Planejamento de Aquisições e Compras;
  9. Determinação de Necessidades de Recursos;
  10. Desenvolvimento do Orçamento do Projeto; e
  11. Desenvolvimento e publicação do Plano de Gerenciamento do Projeto.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Iniciação

No grupo de processos de Iniciação o gerente de projetos tem dois processos a serem realizados, a saber:
  1. Identificar as partes interessadas (Gerenciamento de Comunicações); e
  2. Desenvolver o TAP ou o Project Charter (Gerenciamento de Integração).

Este gerente iniciou o levantamento dos principais stakeholders envolvidos no projeto e gerou um documento formal com as informações dos mesmos. Um exemplo de matriz de análise das partes interessadas é mostrado no Quadro.

Exemplo de matriz de análise das partes interessadas.
Matriz Partes Interessadas - Projeto XXXX
# Sigla da Área Descrição da área Nome Função na empresa Papel no Projeto Interesse Grau de Influência (Poder) Forma de Abordagem Grupo de Comunicação
1 AP área de projetos José da Silva Gerente da área Sponsor ALTO BAIXO Manter Satisfeito Grupo 1
2 AP área de projetos João da Costa PMO Membro de Equipe BAIXO ALTO Manter Informado Grupo 2
3 APL área de planejamento Maria Rezende Gerente de planejamento Demais Partes Interessadas ALTO ALTO Gerenciar com Atenção Grupo 3
4 F Fornecedor Joaquim - Fornecedor ALTO BAIXO Manter Satisfeito Grupo 4

Em paralelo, nosso gerente de projetos iniciou uma série de levantamentos, reuniões e conclusões com o intuito de levantar as principais informações sobre o projeto, como objetivos, prazo, custo, entre outras.

O resultado desse trabalho inicial é um dos mais importantes documentos gerados no desenvolvimento do projeto e que resume todas as principais informações sobre o projeto.

Esse documento é o Termo de Abertura do Projeto (TAP) ou Project Charter que formaliza o início do projeto. Um modelo de TAP é apresentado na Figura.


Exemplo de Modelo de Termo de Abertura do Projeto ou Project Charter.

domingo, 16 de agosto de 2020

Análise de Caso e Documentação do Projeto

Muito bem, neste momento, vamos identificar os principais documentos gerados no projeto identificando suas áreas de conhecimento e seus grupos de processos.

É muito importante que todos conheçam a documentação gerada durante o projeto, pois cada um dos processos dos grupos de processos de gerenciamento de projetos está ligados e interagindo entre si durante toda a execução do projeto. Muitas das saídas de processos são entradas para processos subsequentes, que se tornam entradas para outros processos subsequentes e assim por diante, até o encerramento do projeto.

Uma entrada geralmente define “o que eu preciso antes de fazer...?”, enquanto uma saída define “o que terei quando terminar?”.

Em geral, após obtermos as entradas do processo, utilizamos ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos para alcançar as saídas desejadas ou necessárias. Vamos conhecer esses documentos tão importantes no andamento de um projeto de software.

sábado, 15 de agosto de 2020

Áreas de Conhecimento – Andamento do Projeto

Voltamos ao nosso exemplo com William, gerente de projetos, e Ivan, patrocinador do projeto. Ambos estão na sala de reunião na empresa CPI, uma indústria (fictícia), que fabrica produtos de consumo para uso residencial e comercial. Ivan, executivo da área de vendas e patrocinador do projeto, pediu uma reunião extraordinária com William, gerente de projetos, para ter uma posição mais atualizada do andamento do projeto. Vamos acompanhar o diálogo entre eles:

  • Ivan: Olá William. Grato pela presença. Sei que você tem marcado reuniões formais de comunicação sobre o andamento do projeto, mas amanhã tenho uma reunião com o Paulo, vice-presidente executivo, responsável pelo desenvolvimento de negócios, e queria levar uma posição mais atualizada do andamento do projeto. Pode me informar a situação?
  • William: Claro, Ivan. Estou com a documentação atualizada da situação do projeto que a equipe me passou esta manhã. Estamos com praticamente todas as pessoas envolvidas em atividades no projeto, porque estamos na etapa de execução. Inicialmente, estamos controlando todas as atividades em execução e planejando os próximos passos. Estamos dentro do prazo e orçamento, de acordo com o cronograma definido. Algumas mudanças foram requisitadas, que foram analisadas com a equipe e atualizamos o plano de gerenciamento do projeto. Semanalmente, reunimos a equipe de projeto para monitorar o andamento das atividades e fazer a comunicação formal do andamento do projeto, utilizando o plano de comunicação. As entregas dos produtos e serviços têm sido feitas dentro dos prazos. Tivemos alguns atrasos e detectamos alguns problemas durante o transcorrer do projeto, mas foram sanados por meio de um replanejamento de atividades e recursos e voltamos ao prazo do projeto sem alterar os custos.
  • Ivan: E a qualidade do produto?
  • William: Até aqui monitoramos todos os resultados obtidos do produto, usando as métricas de controle que definimos no planejamento e estamos obtendo os resultados esperados. Não devemos ter desvios de escopo, prazo e custo.
  • Ivan: Excelente William. Pode me enviar um e-mail com um resumo de tudo que conversamos aqui?
  • William: Claro Ivan. Se quiser, estamos utilizando a Intranet e, em nossa home page do projeto, temos todos os documentos detalhados e disponíveis. Envio um resumo, mas se necessitar de algum detalhamento, é só visualizar por lá.
  • Ivan: Muito bom William.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Visão Geral das Áreas de Conhecimento e seus Processos

Buscando obter uma visão geral do relacionamento entre as áreas de conhecimento e os grupos de processo do PMBoK, 5ª edição, podemos destacar algumas características dos processos de gerenciamento de um projeto de software:

  • A maior parte das áreas de conhecimento é abordada em atividades de Planejamento (definir, estimar e planejar cada aspecto) e de Monitoramento e Controle (controlar);
  • No grupo de processos de Execução, os aspectos envolvidos mais ativamente são a equipe (Recursos Humanos), as aquisições, as comunicações e garantia da qualidade;
  • A área de conhecimento de Integração está presente em todos os grupos de processos, ou seja, em todos os momentos do projeto.
  • Os grupos de processos representam os tipos de atividades, as áreas de conhecimento caracterizam os assuntos e seu cruzamento gera ações (definir, planejar, estimar, gerenciar, monitorar, controlar, encerrar etc.) e substantivos que detalhamos processos de gestão de projetos.

Isso mostra que as melhores práticas que o PMBoK reuniu estão presentes no gerenciamento de qualquer projeto de sucesso. Podemos visualizar um quadro resumido com exemplos dos processos interagindo com as áreas de conhecimento e grupos de processos para realizar um projeto.

Processos interagindo com todas as áreas de conhecimento e os grupos de processos.
Fonte: Troitino apud (MACEDO, 2013).

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento das Partes Interessadas

O Gerenciamento das Partes Interessadas inclui selecionar os stakeholders que possam realmente contribuir com o projeto, definir as expectativas das partes e suas condições de ganho mútuo com o projeto, além de desenvolver estratégias de ação que promovam comunicação continuada e engajamento pleno dos stakeholders durante o projeto. Descreve os processos e atividades relacionadas com a identificação, engajamento e gestão do relacionamento com os stakeholders do projeto para que seja possível alcançar as expectativas de resultados quanto aos produtos e à execução do projeto.

O PMI (2013, p. 391) reforça, por meio desta área de conhecimento, que as expectativas dos stakeholders devem ser consideradas como objetivos essenciais do projeto. Isso porque todos os projetos têm stakeholders que podem ser afetados ou podem afetar o projeto de forma positiva ou negativa. Assim, cabe ao gerente de projetos identificar e gerenciar esses stakeholders de maneira adequada para que se busque o sucesso do projeto.

Na área de conhecimento de Gerenciamento das Partes Interessadas, encontramos 4 processos, sendo um em cada grupo Iniciação, Planejamento, Execução, Controle e Monitoramento.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento das Partes Interessadas e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
13. Gerenciamento das partes interessadas no projeto 13.1 Identificar as partes interessadas 13.2 Planejar o gerenciamento das partes interessadas 13.3 Gerenciar o engajamento das partes interessadas 13.4 Controlar o engajamento das partes interessadas  
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos de Gerenciamento das Partes Interessados do projeto são:

13.1 Identificar as partes interessadas: processo de identificar pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou serem impactados por uma decisão, atividade ou resultado do projeto e analisar e documentar informações relevantes relativas aos seus interesses, nível de engajamento, interdependências, influência e seu impacto potencial no êxito do projeto.

13.2 Planejar o gerenciamento das partes interessadas: processo de desenvolver estratégias apropriadas de gerenciamento para engajar as partes interessadas de maneira eficaz no decorrer de todo o ciclo de vida do projeto, com base na análise das suas necessidades, interesses e impacto potencial no sucesso do projeto.

13.3 Gerenciar o engajamento das partes interessadas: processo de se comunicar e trabalhar com as partes interessadas para atender às suas necessidades/expectativas deles, abordar as questões à medida que elas ocorrem, e incentivar o engajamento apropriado das partes interessadas nas atividades do projeto, no decorrer de todo o ciclo de vida do projeto.

13.4 Controlar o engajamento das partes interessadas: processo de monitorar os relacionamentos das partes interessadas do projeto em geral e ajustar as estratégias e planos para o engajamento das partes interessadas.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 391).

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento de Aquisições do Projeto

O Gerenciamento de Aquisições do projeto inclui a gestão, administração de contratos e controle das obrigações contratuais. Descreve os processos e atividades relacionadas com compra ou aquisições de produtos e serviços necessários para realizar o projeto. A gestão dos contratos inclui aqueles emitidos por uma organização externa ou comprador, que adquire os resultados do projeto da organização executora ou fornecedor, e a gerência das obrigações contratuais relativas à equipe que atuará no projeto.

Na área de conhecimento de Gerenciamento de Aquisições, encontramos 4 processos, sendo um no grupo Planejamento, um no grupo Execução, um no grupo Controle e Monitoramento e um no grupo Encerramento.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento de Aquisições e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
12. Gerenciamento das aquisições do projeto   12.1 Planejar o gerenciamento das aquisições 12.2 Conduzir as aquisições 12.3 Controlar as aquisições 12.4 Encerrar as aquisições
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos do Gerenciamento das Aquisições do projeto são:

12.1 Planejar o gerenciamento das aquisições: processo de documentação das decisões de compras do projeto, especificando a abordagem e identificando fornecedores em potencial.

12.2 Conduzir as aquisições: processo de obtenção de respostas de fornecedores, seleção de um fornecedor e adjudicação de um contrato.

12.3 Controlar as aquisições: processo de gerenciamento das relações de aquisições, monitoramento do desempenho do contrato e realizações de mudanças e correções nos contratos, conforme necessário.

12.4 Encerrar as aquisições: processo de finalizar cada uma das aquisições do projeto.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 355).

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento de Riscos do Projeto

Esta área descreve os processos e atividades relacionados com a identificação, análise e controle dos riscos do projeto. O Gerenciamento dos Riscos do projeto tem como metas primordiais buscar aumentar a probabilidade de ocorrência e o impacto dos eventos positivos e diminuir a probabilidade e o impacto dos eventos que possam afetar negativamente o projeto. Para as organizações, os riscos positivos são chamados oportunidades e os riscos negativos são definidos como ameaças.

Vale ressaltar aqui a diferença entre Risco e Problema de projeto:

  • Risco de projeto: conjunto de fatos ou eventos que podem ocorrer sob a forma de ameaças ou de oportunidades. Riscos concretizados tornam-se problemas ou sucessos, influenciando o projeto de forma negativa ou positiva.
  • Problema de Projeto: fato que existe naquele momento e que ameaça diretamente os objetivos de um projeto.

As empresas, normalmente, compreendem o risco como algo que resulta da incerteza nos projetos e nos objetivos organizacionais. Mas tanto as empresas quanto os stakeholders podem aceitar vários graus de riscos, dependendo da sua atitude em relação a eles. Essa atitude pode ser influenciada por diversos fatores, que são classificados de forma ampla em três categorias que, de acordo com o PMBoK – PMI (2013, p. 311), são:

  • Apetite de risco: grau de incerteza que se dispõe a aceitar, na expectativa de uma recompensa.
  • Tolerância a riscos: grau, quantidade ou volume de risco que se está disposto a tolerar.
  • Limite de riscos: medidas ao longo do nível de incerteza ou nível de impacto no qual um stakeholder pode ter um interesse específico. Se aceita o risco abaixo deste limite, mas não se tolera o risco acima deste limite.

Para exemplificar, a atitude de uma empresa em relação ao risco pode ser determinada em função de seu apetite pela incerteza, do seu limite relativo aos riscos que não são aceitáveis e da sua tolerância a riscos. Desta forma, um projeto pode ser autorizado caso os riscos estejam dentro dos limites de tolerância e em equilíbrio com as recompensas que podem ser conseguidas ao se assumir os riscos.

Na área de conhecimento de Gerenciamento de Riscos, encontramos 6 processos, sendo 5 no grupo Planejamento e um no grupo Controle e Monitoramento.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento de Riscos e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
11. Gerenciamento dos riscos do projeto   11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos
11.2 Identificar os riscos
11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos
11.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos
11.5 Planejar as respostas aos riscos
  11.6 Controlar os riscos  
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos de Gerenciamento dos Riscos do projeto são:

11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos: processo de definição de como conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos de um projeto.

11.2 Identificar os riscos: processo de determinação dos riscos que podem afetar o projeto e de documentação das suas características.

11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos: processo de priorização de riscos para análise ou ação posterior por meio da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto.

11.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos: processo de analisar numericamente o efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto.

11.5 Planejar as respostas aos riscos: processo de desenvolvimento de opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto.

11.6 Controlar os riscos: processo de implantar planos de respostas aos riscos, acompanhar os riscos identificados, monitorar riscos residuais, identificar novos riscos e avaliar a eficácia do processo de gerenciamento dos riscos durante todo o projeto.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 309).

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento de Comunicações do Projeto

Esta área descreve os processos e atividades relacionados com a geração, coleta, distribuição, armazenamento e destinação final das informações do projeto de forma oportuna e apropriada.

Esta importante área tem como principal objetivo determinar as necessidades de comunicação dos stakeholders e gerar um Plano de Comunicações para o projeto. A comunicação realizada de forma eficaz pode criar caminhos e derrubar barreiras entre os stakeholders, que podem possuir diferenças culturais e organizacionais, diferentes níveis de conhecimento, variadas perspectivas e interesses, podendo impactar ou influenciar a execução ou o resultado do projeto.

Na área de conhecimento de Gerenciamento de Comunicações, encontramos 3 processos, sendo um no grupo Planejamento, um no grupo Execução e um no grupo Controle e Monitoramento.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento das Comunicações e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
10. Gerenciamento dos recursos de comunicação do projeto   10.1 Planejar o gerenciamento das comunicações 10.2 Gerenciar as comunicações 10.3 Controlar as comunicações  
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos de Gerenciamento das Comunicações do projeto são:

10.1 Planejar o gerenciamento das comunicações: processo de desenvolver uma abordagem apropriada e um plano de comunicações do projeto com base nas necessidades de informação e requisitos das partes interessadas e nos ativos organizacionais disponíveis.

10.2 Gerenciar as comunicações: processo de criar, coletar, distribuir, armazenar, recuperar e de disposição final das informações do projeto de acordo com o plano de gerenciamento das comunicações.

10.3 Controlar as comunicações: processo de monitorar e controlar as comunicações no decorrer de todo o ciclo de vida do projeto para assegurar que as necessidades de informação das partes interessadas do projeto sejam atendidas.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 287).

domingo, 9 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento de Recursos Humanos do Projeto

Esta área descreve os processos e atividades relacionados com o planejamento, contratação, mobilização, desenvolvimento e gerenciamento da equipe do projeto. As pessoas que compõem a equipe do projeto podem ter diferentes habilidades, ter dedicação de tempo diferente, podem ser inseridas ou retiradas ao longo do projeto, mas é importante que sejam envolvidas no planejamento e na tomada de decisões, pois isso fortalece seu compromisso com o projeto.

Nesta área é importante identificar os recursos necessários, documentar as funções, responsabilidades, relações hierárquicas e criar um plano de gerenciamento do pessoal.

Matriz RACI (Responsible, Accountable, Consulted and Informed), organogramas, matriz de responsabilidades são algumas ferramentas utilizadas nesta área de conhecimento.

Na área de conhecimento de Gerenciamento de Recursos Humanos, encontramos 4 processos, sendo um no grupo Planejamento e 3 no grupo Execução.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento de Recursos Humanos e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
9. Gerenciamento dos recursos humanos do projeto   9.1 Planejar o gerenciamento dos recursos humanos 9.2 Mobilizar a equipe do projeto
9.3 Desenvolver a equipe do projeto
9.4 Gerenciar a equipe do projeto
   
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos de Gerenciamento dos Recursos Humanos do projeto são:

9.1 Desenvolver o plano dos recursos humanos: processo de identificação e documentação de papéis, responsabilidades, habilidades necessárias, relações hierárquicas, além da criação de um plano de gerenciamento do pessoal.

9.2 Mobilizar a equipe do projeto: processo de confirmação da disponibilidade dos recursos humanos e obtenção da equipe necessária para terminar as atividades do projeto.

9.3 Desenvolver a equipe do projeto: processo de melhoria de competências, da interação da equipe e do ambiente geral da equipe para aprimorar o desempenho do projeto.

9.4 Gerenciar a equipe do projeto: processo de acompanhar o desempenho dos membros da equipe, fornecer feedback, resolver problemas e gerenciar mudanças para otimizar o desempenho do projeto.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 255).

sábado, 8 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento da Qualidade do Projeto

Esta área descreve os processos e atividades referentes ao planejamento, monitoramento, controle e garantia da qualidade do projeto. Oferece suporte às atividades de melhoria do processo contínuo da organização e busca garantir que os requisitos do projeto, incluindo os requisitos do produto, sejam cumpridos e validados (PMI, 2013).

Vale aqui ressaltar a diferença entre garantia e controle de qualidade:

  • Garantia de Qualidade: é a verificação e validação de que as políticas, os processos e os procedimentos definidos para o projeto estão sendo devidamente utilizados.
  • Controle da Qualidade: é a verificação e validação de produtos ou serviços gerada pelo projeto, checando se estão de acordo com os padrões de qualidade definidos.

O planejamento, controle e a garantia da qualidade de um projeto de software é um ponto fundamental no sucesso do mesmo.

Importante destacar os dois focos diferentes envolvidos na avaliação da qualidade: a Verificação e a Validação.

A Verificação é dedicada a confirmar se os procedimentos foram seguidos e se os produtos das atividades foram gerados, enquanto a Validação é dedicada a confirmar a aderência daquilo que foi executado e entregue diante das expectativas inicialmente estabelecidas.

As análises da qualidade são tratadas, ainda, de forma qualitativa ou quantitativa.

Na análise qualitativa os resultados são avaliados por impressões e julgamentos com base em evidências de acontecimentos e entregas do projeto, enquanto a análise quantitativa explora dados numéricos e tangíveis sobre os resultados.

Na área de conhecimento de Gerenciamento de Qualidade, encontramos três processos, sendo um no grupo Planejamento, um no grupo Execução e um no grupo Controle e Monitoramento.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento da Qualidade e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
8. Gerenciamento da qualidade do projeto   8.1 Planejar o gerenciamento da qualidade 8.2 Realizar a garantia da qualidade 8.3 Controlar a qualidade  
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos de Gerenciamento da Qualidade do Projeto são:

8.1 Planejar o gerenciamento da qualidade: processo de identificação dos requisitos e/ou padrões da qualidade do projeto e suas entregas, além da documentação de como o projeto demonstrará a conformidade com os requisitos e/ou padrões de qualidade.

8.2 Realizar a garantia da qualidade: processo de auditoria dos requisitos de qualidade e dos resultados das medições do controle de qualidade para garantir o uso dos padrões de qualidade e das definições operacionais apropriadas.

8.3 Realizar o controle da qualidade: processo de monitoramento e registro dos resultados da execução das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças necessárias.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 227).

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento de Custos do Projeto

Na área de Gerenciamento de Custos, descrevem-se os processos e atividades de planejamento, estimativa de custos, determinação do orçamento e controle de custos do projeto.

A área de custos utiliza um conjunto de técnicas que permite entender a origem dos dispêndios, o que permite ações de redução de custos e aumento de produtividade. Inclui os processos relacionados ao planejamento, estimativas, orçamentos, financiamentos, gerenciamento e controle dos custos, e tem como principal objetivo garantir que o projeto possa ser finalizado dentro do orçamento aprovado.

O “Modelo ABC” e “Just in Time” são exemplos de algumas metodologias que são usadas no gerenciamento de custos.

Na área de conhecimento de Gerenciamento de Custos, encontramos 4 processos, sendo 3 no grupo Planejamento e um no grupo Controle e Monitoramento.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento de Custos e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
7. Gerenciamento dos custos de projeto   7.1 Planejar o gerenciamento dos custos
7.2 Estimar os custos
7.3 Determinar o orçamento
  7.4 Controlar os custos  
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos de Gerenciamento dos Custos do Projeto:

7.1 Planejar o gerenciamento dos custos: processo de estabelecer as políticas, os procedimentos e a documentação para o planejamento, gestão, despesas e controle dos custos do projeto.

7.2 Estimar os custos: processo de desenvolvimento de uma estimativa de custos dos recursos monetários necessários para terminar as atividades do projeto.

7.3 Determinar o orçamento: processo de agregação dos custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos autorizada.

7.4 Controlar os custos: processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização no seu orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base de custos.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 193).

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento do Tempo do Projeto

Descreve os processos e atividades para que o projeto seja concluído no prazo correto.

As áreas de conhecimento de Tempo e Custo são as áreas de maior exigência dentro de um projeto, pois são as mais visíveis em seu gerenciamento.

O diagrama de GANTT, PERT (Program Evaluation and Review Technique) e CPM (Critical Path Method) são exemplos de algumas das ferramentas aqui utilizadas.

Esta área lida necessariamente com cronograma. O modelo do cronograma representa o planejamento para execução das atividades do projeto e inclui durações, dependências e outras informações de planejamento.

Na área de conhecimento de Gerenciamento de Tempo, encontramos 7 processos, dos quais 6 estão no grupo Planejamento e um no grupo Controle e Monitoramento.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento do Tempo e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
6. Gerenciamento do tempo do projeto   6.1 Planejar o gerenciamento do cronograma
6.2 Definir as atividades
6.3 Sequenciar as atividades
6.4 Estimar os recursos das atividades
6.5 Estimar as durações das atividades
6.6 Desenvolver o cronograma
  6.7 Controlar o cronograma  
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos de Gerenciamento do Tempo do Projeto são:

6.1 Planejar o gerenciamento do cronograma: processo de estabelecer as políticas, os procedimentos e a documentação para o planejamento, desenvolvimento, gerenciamento, execução e controle do cronograma do projeto.

6.2 Definir as atividades: processo de identificação e documentação das ações específicas a serem realizadas para produzir as entregas do projeto.

6.3 Sequenciar as atividades: processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades do projeto.

6.4 Estimar os recursos das atividades: processo de estimativa dos tipos e quantidades de material, recursos humanos, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade.

6.5 Estimar as durações das atividades: processo de estimativa do número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar atividades específicas com os recursos estimados.

6.6 Desenvolver o cronograma: processo de análise da sequência das atividades, suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o modelo do cronograma do projeto.

6.7 Controlar o cronograma: processo de monitoramento do andamento das atividades do projeto para atualização do seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma para realizar o planejado.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 141).

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento do Escopo do Projeto

Define os processos e atividades para que se garanta que o projeto inclua todo o trabalho necessário (e apenas o trabalho necessário) para que o projeto seja concluído com sucesso.

Vale ressaltar aqui as diferenças entre escopo do projeto e escopo do produto:

  • Escopo do Projeto: define o trabalho necessário para fazer o produto; e
  • Escopo do Produto: define os recursos (atributos e comportamentos) do produto que está sendo criado.
O Gerenciamento do Escopo do projeto tem como principal atividade definir e controlar o que está e o que não está incluso no projeto. Nesta área de conhecimento, encontramos 6 processos, sendo 4 no grupo Planejamento e 2 no grupo Controle e Monitoramento.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento do Escopo e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
5. Gerenciamento do escopo do projeto   5.1 Planejar o gerenciamento do escopo
5.2 Coletar os requisitos
5.3 Definir o escopo
5.4 Criar a estrutura analítica do projeto (EAP)
  5.5 Validar o escopo
5.6 Controlar o escopo
 
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos do Gerenciamento do Escopo do Projeto são:

5.1 Planejar o gerenciamento do escopo: processo de criar um PGEP – Plano de Gerenciamento do Escopo do Projeto que documenta como tal escopo será definido, validado e controlado.

5.2 Coletar os requisitos: processo de determinar, documentar e gerenciar as necessidades e requisitos das partes interessadas, a fim de atender aos objetivos do projeto.

5.3 Definir o escopo: processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do projeto e do produto.

5.4 Criar a EAP (Estrutura Analítica do Projeto): processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis.

5.5 Validar o escopo: processo de formalização da aceitação das entregas concluídas do projeto.

5.6 Controlar o escopo: processo de monitoramento do andamento do escopo do projeto e produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 105).

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento da Integração do Projeto

O Gerenciamento da Integração é a área central do gerenciamento de projetos que define os processos e as atividades que integram os diversos elementos necessários à gestão de um projeto. Esta área orquestra todas as outras partes do projeto para que funcionem de forma integrada e garantem que o projeto continue do início até seu final. Entre suas atribuições estão as escolhas sobre alocação de recursos, balanceamento entre objetivos e opções conflitantes e gerenciamento de dependências mútuas entre as áreas de conhecimento de GP.

As habilidades do gerente de projetos, como negociação, gerenciamento de conflitos, boa comunicação, organização etc., são bastante requeridas.

O Gerenciamento de Integração possui 6 processos e é a única área de conhecimento que apresenta processos em todos os grupos.

Processos da área de conhecimento Integração e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
4. Gerenciamento da integração do projeto 4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto 4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto 4.3 Orientar e gerenciar o trabalho do projeto 4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto
4.5 Realizar o controle integrada das mudanças
4.6 Encerrar o projeto ou fase
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos de Gerenciamento da Integração de Projetos são:

4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto: processo de desenvolver um documento que, formalmente, autoriza a existência de um projeto e dá ao gerente do projeto a autoridade necessária para aplicar recursos organizacionais às atividades do projeto.

4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: processo de definir, preparar e coordenar todos os planos subsidiários e integrá-los a um plano de gerenciamento de projeto abrangente. As linhas de base e os planos subsidiários integrados do projeto podem ser incluídos no PGP .

4.3 Orientar e gerenciar o trabalho do projeto: processo de liderar e realizar o trabalho definido no PGP e a implantação das mudanças aprovadas para atingir os objetivos do projeto.

4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto: processo de acompanhar, revisar e registrar o progresso do projeto para atender aos objetivos de desempenho definidos no PGP.

4.5 Realizar o controle integrado de mudanças: processo de revisar todas as solicitações de mudança, aprovar as mudanças e gerenciar as mudanças nas entregas, ativos de processos organizacionais, documentos do projeto e no plano de gerenciamento do projeto, e comunicar a decisão sobre os mesmos.

4.6 Encerrar o projeto ou fase: processo de finalização de todas as atividades de todos os grupos de processos de gerenciamento do projeto para encerrar, formalmente, o projeto ou a fase.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 63).

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Áreas de Conhecimento do PMBoK

O guia PMBoKé organizado em áreas de conhecimento e, por sua vez, cada área de conhecimento é descrita por meio de processos.

As 10 áreas de conhecimento caracterizam os principais aspectos envolvidos em um projeto e na sua gestão: Integração, Escopo, Tempo, Custos, Qualidade, Recursos humanos, Comunicações, Riscos, Aquisições e Relação com Stakeholders (Figura). A área de conhecimento de Gerenciamento das Partes Interessadas, que trata a relação com os stakeholders do projeto, foi incluída na 5ª edição do PMBoK.

10 áreas de conhecimento do PMBoK.
Fonte: GO2WEB (2013).

Um projeto é um esforço integrado e cada área de conhecimento refere-se a um fator que deve ser considerado dentro da gestão de projetos e a sua execução é fundamental para o seu sucesso, caso contrário, poderá afetar o projeto de forma negativa.

Os 47 processos definidos no guia PMBoK interagem com os grupos de processos e as áreas de conhecimento. O Quadro ilustra a quantidade de processos existentes e relacionados entre os 5 Grupos de Processos e as 10 Áreas de conhecimento.

Distribuição dos 47 processos do PMBoK entre as áreas de conhecimento e os grupos de processos.
Fonte: Baseado em PMI (2013).

As áreas de conhecimento Escopo, Tempo, Custo e Qualidade são consideradas as áreas determinantes para o sucesso de um projeto: entregar um resultado de acordo com o escopo, no prazo e no custo definidos, com qualidade adequada. Estas áreas de conhecimento respondem as questões: O quê? Quando? Quanto? Como?

Recursos Humanos e Aquisições são as áreas de conhecimento consideradas como fornecedoras de insumos para produzir o trabalho do projeto.

As áreas de conhecimento Comunicações e Riscos buscam manter as expectativas e as incertezas controladas, assim como o projeto dentro dos objetivos traçados. São as áreas de conhecimento consideradas de controle de um projeto.

A área de conhecimento Integração busca unificar, consolidar e promover a comunicação e as ações integradoras que são essenciais para a execução controlada do projeto até a sua finalização, de forma a atender tanto as expectativas das partes interessadas como os requisitos do projeto.

A área de Gerenciamento das Partes Interessadas trata das ações que venham a garantir o engajamento dos stakeholders, realizando tomadas de decisões assertivas e oportunas ao longo do projeto e facilitando a mudança organizacional proporcionada pelos resultados do projeto.

Escopo, Tempo, Custo e Qualidade


Recursos Humanos e Aquisições


Comunicações e Riscos


Integração


Partes Interessadas