terça-feira, 11 de agosto de 2020

Área de Gerenciamento de Riscos do Projeto

Esta área descreve os processos e atividades relacionados com a identificação, análise e controle dos riscos do projeto. O Gerenciamento dos Riscos do projeto tem como metas primordiais buscar aumentar a probabilidade de ocorrência e o impacto dos eventos positivos e diminuir a probabilidade e o impacto dos eventos que possam afetar negativamente o projeto. Para as organizações, os riscos positivos são chamados oportunidades e os riscos negativos são definidos como ameaças.

Vale ressaltar aqui a diferença entre Risco e Problema de projeto:

  • Risco de projeto: conjunto de fatos ou eventos que podem ocorrer sob a forma de ameaças ou de oportunidades. Riscos concretizados tornam-se problemas ou sucessos, influenciando o projeto de forma negativa ou positiva.
  • Problema de Projeto: fato que existe naquele momento e que ameaça diretamente os objetivos de um projeto.

As empresas, normalmente, compreendem o risco como algo que resulta da incerteza nos projetos e nos objetivos organizacionais. Mas tanto as empresas quanto os stakeholders podem aceitar vários graus de riscos, dependendo da sua atitude em relação a eles. Essa atitude pode ser influenciada por diversos fatores, que são classificados de forma ampla em três categorias que, de acordo com o PMBoK – PMI (2013, p. 311), são:

  • Apetite de risco: grau de incerteza que se dispõe a aceitar, na expectativa de uma recompensa.
  • Tolerância a riscos: grau, quantidade ou volume de risco que se está disposto a tolerar.
  • Limite de riscos: medidas ao longo do nível de incerteza ou nível de impacto no qual um stakeholder pode ter um interesse específico. Se aceita o risco abaixo deste limite, mas não se tolera o risco acima deste limite.

Para exemplificar, a atitude de uma empresa em relação ao risco pode ser determinada em função de seu apetite pela incerteza, do seu limite relativo aos riscos que não são aceitáveis e da sua tolerância a riscos. Desta forma, um projeto pode ser autorizado caso os riscos estejam dentro dos limites de tolerância e em equilíbrio com as recompensas que podem ser conseguidas ao se assumir os riscos.

Na área de conhecimento de Gerenciamento de Riscos, encontramos 6 processos, sendo 5 no grupo Planejamento e um no grupo Controle e Monitoramento.

Processos da área de conhecimento Gerenciamento de Riscos e os grupos de processos.
Áreas de conhecimento Grupos de processos de gerenciamento de projetos
Grupos de processos de iniciação Grupo de processos de planejamento Grupo de processos de execução Grupo de processos de monitoramento e controle Grupo de processos de encerramento
11. Gerenciamento dos riscos do projeto   11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos
11.2 Identificar os riscos
11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos
11.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos
11.5 Planejar as respostas aos riscos
  11.6 Controlar os riscos  
Fonte: PMI (2013, p. 61).

“Os processos de Gerenciamento dos Riscos do projeto são:

11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos: processo de definição de como conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos de um projeto.

11.2 Identificar os riscos: processo de determinação dos riscos que podem afetar o projeto e de documentação das suas características.

11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos: processo de priorização de riscos para análise ou ação posterior por meio da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto.

11.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos: processo de analisar numericamente o efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto.

11.5 Planejar as respostas aos riscos: processo de desenvolvimento de opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto.

11.6 Controlar os riscos: processo de implantar planos de respostas aos riscos, acompanhar os riscos identificados, monitorar riscos residuais, identificar novos riscos e avaliar a eficácia do processo de gerenciamento dos riscos durante todo o projeto.”

Fonte: (PMI, 2013; p. 309).

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