sábado, 24 de outubro de 2020

Business Intelligence e Business Intelligence 2.0

Um cenário que ainda é bastante comum de se encontrar nas empresas atualmente são sistemas que não se comunicam, não têm documentação ou sua documentação é ruim e deficiente, fazendo que a disponibilização e consulta às informações seja muito dificultada. Neste ambiente, as inconsistências são grandes, fato que leva o tomador de decisão a não usar o seu sistema e, muitas vezes, a tomar suas decisões baseado apenas na sua experiência de mercado. 

 Business Intelligence

 

Fonte :✓.com/ Shutterstock.

No mundo corporativo, nos tempos atuais, tomar decisões exige um volume de dados cada vez maior, assim como mais e melhores informações. As organizações, de forma geral, possuem muitos dados, porém pouca informação. A falta de informação pode prejudicar sobremaneira a tomada de decisão dentro das organizações corporativas. Para ajudar neste processo, existem métodos e procedimentos que realizam a extração e a análise de informações que permitem aos executivos lidarem com problemas de decisão cuja dimensão ultrapassa a capacidade cognitiva normal, ou excede os recursos temporais e financeiros disponíveis.

A maioria destes métodos, procedimentos e ferramentas são genericamente chamados de Business Intelligence .

IMPORTANTE!

Business Intelligence é um termo guarda-chuva que inclui arquiteturas, ferramentas, bancos de dados, aplicações e metodologias que objetivam permitir o acesso interativo aos dados (às vezes em tempo real), proporcionar a manipulação desses dados e fornecer aos gerentes e analistas de negócios a capacidade de realizar a análise adequada para a tomada de decisão”.

(Fonte: TURBAN et al., 2009, p. 27)

O conceito de Business Intelligence , ou Inteligência de Negócios, surgiu na década de 1980, introduzido pelo Gartner Group, para descrever a capacidade das organizações em acessarem dados e explorarem as informações, geralmente armazenadas em DWs, analisando e desenvolvendo interpretações que permitem tomadas de decisões mais seguras e consistentes.

Ao analisarem as informações correntes e o desempenho histórico da empresa, os tomadores de decisão conseguem notar importantes relações entre estas informações, que as tornam muito valiosas, servindo de base para melhores e mais precisas decisões.

Transformação de dados.
Fonte: elaborado pelo autor.

De acordo com Turban et al. (2009), o processo de BI se baseia na transformação de dados em informações, depois em decisões e, finalmente, em ações.

As vantagens que o BI pode trazer para uma empresa incluem:

  • Elimina a sobrecarga dos sistemas operacionais;
  • Facilita o acesso à informação;
  • Facilita a navegação dos usuários de negócios pelos dados e informações da empresa;
  • Consolida informações de diversas fontes;
  • Preserva dados históricos da empresa;
  • Fornece informação única e consistente para toda a empresa.

Com o advento da internet/web 2.0, o conceito de BI também ganhou a denominação de Business Intelligence 2.0 , indicando uma extensão da web 2.0 no cenário corporativo. O BI 2.0 estende o uso das informações, buscando utilizar o fluxo de dados que é gerado em tempo real e extrair conhecimento das informações.

O BI 2.0 é uma visão renovada do uso das informações pelas empresas, ampliando o uso dos DWs e das ferramentas de consulta analítica por meio de um processo automatizado e mais dinâmico de tomada de decisão, permitindo ações mais inteligentes.

Check-in realizado por aplicativo móvel.

O cenário corporativo atual é formado por processos que ocorrem em tempo real, em que notícias que chegam a cada minuto podem fazer diferença, e o BI 2.0 visa deixar estas informações disponíveis para que a organização as utilize no momento em que precisar delas. Como exemplos podemos citar os aplicativos de bancos online, que oferecem oportunidade de realização de transações financeiras em tempo real, e os aplicativos de empresas aéreas, com passagens sendo vendidas online, check-in realizados fora dos balcões e cartões de embarque usando QR codes enviados para os e-mails e apresentados em telas de dispositivos móveis. Ocorre que todos estes processos geram muitos, muitos dados!

De acordo com Santos (2017), para adaptar os modelos de negócios para o cenário em tempo real, os aplicativos de software utilizam programação dirigida a eventos, ou event-driven programming . Os dados fluem em tempo real em arquiteturas orientadas a serviços, ou SOA ( Service-Oriented Architecture ), utilizando serviços interoperáveis, que permitem a integração de aplicativos.

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