Um cenário que ainda é bastante comum de se encontrar nas empresas atualmente são sistemas que não se comunicam, não têm documentação ou sua documentação é ruim e deficiente, fazendo que a disponibilização e consulta às informações seja muito dificultada. Neste ambiente, as inconsistências são grandes, fato que leva o tomador de decisão a não usar o seu sistema e, muitas vezes, a tomar suas decisões baseado apenas na sua experiência de mercado.
Business Intelligence
No mundo corporativo, nos tempos atuais, tomar decisões exige um volume de dados cada vez maior, assim como mais e melhores informações. As organizações, de forma geral, possuem muitos dados, porém pouca informação. A falta de informação pode prejudicar sobremaneira a tomada de decisão dentro das organizações corporativas. Para ajudar neste processo, existem métodos e procedimentos que realizam a extração e a análise de informações que permitem aos executivos lidarem com problemas de decisão cuja dimensão ultrapassa a capacidade cognitiva normal, ou excede os recursos temporais e financeiros disponíveis.
A maioria destes métodos, procedimentos e ferramentas são genericamente chamados de Business Intelligence .
IMPORTANTE!
“ Business Intelligence é um termo guarda-chuva que inclui arquiteturas, ferramentas, bancos de dados, aplicações e metodologias que objetivam permitir o acesso interativo aos dados (às vezes em tempo real), proporcionar a manipulação desses dados e fornecer aos gerentes e analistas de negócios a capacidade de realizar a análise adequada para a tomada de decisão”.
(Fonte: TURBAN et al., 2009, p. 27)
O conceito de Business Intelligence , ou Inteligência de Negócios, surgiu na década de 1980, introduzido pelo Gartner Group, para descrever a capacidade das organizações em acessarem dados e explorarem as informações, geralmente armazenadas em DWs, analisando e desenvolvendo interpretações que permitem tomadas de decisões mais seguras e consistentes.
Ao analisarem as informações correntes e o desempenho histórico da empresa, os tomadores de decisão conseguem notar importantes relações entre estas informações, que as tornam muito valiosas, servindo de base para melhores e mais precisas decisões.
De acordo com Turban et al. (2009), o processo de BI se baseia na transformação de dados em informações, depois em decisões e, finalmente, em ações.
As vantagens que o BI pode trazer para uma empresa incluem:
- Elimina a sobrecarga dos sistemas operacionais;
- Facilita o acesso à informação;
- Facilita a navegação dos usuários de negócios pelos dados e informações da empresa;
- Consolida informações de diversas fontes;
- Preserva dados históricos da empresa;
- Fornece informação única e consistente para toda a empresa.
Com o advento da internet/web 2.0, o conceito de BI também ganhou a denominação de Business Intelligence 2.0 , indicando uma extensão da web 2.0 no cenário corporativo. O BI 2.0 estende o uso das informações, buscando utilizar o fluxo de dados que é gerado em tempo real e extrair conhecimento das informações.
O BI 2.0 é uma visão renovada do uso das informações pelas empresas, ampliando o uso dos DWs e das ferramentas de consulta analítica por meio de um processo automatizado e mais dinâmico de tomada de decisão, permitindo ações mais inteligentes.
O cenário corporativo atual é formado por processos que ocorrem em tempo real, em que notícias que chegam a cada minuto podem fazer diferença, e o BI 2.0 visa deixar estas informações disponíveis para que a organização as utilize no momento em que precisar delas. Como exemplos podemos citar os aplicativos de bancos online, que oferecem oportunidade de realização de transações financeiras em tempo real, e os aplicativos de empresas aéreas, com passagens sendo vendidas online, check-in realizados fora dos balcões e cartões de embarque usando QR codes enviados para os e-mails e apresentados em telas de dispositivos móveis. Ocorre que todos estes processos geram muitos, muitos dados!
De acordo com Santos (2017), para adaptar os modelos de negócios para o cenário em tempo real, os aplicativos de software utilizam programação dirigida a eventos, ou event-driven programming . Os dados fluem em tempo real em arquiteturas orientadas a serviços, ou SOA ( Service-Oriented Architecture ), utilizando serviços interoperáveis, que permitem a integração de aplicativos.
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