sexta-feira, 23 de outubro de 2020

BI ( Business Intelligence )e ferramentas de apoio ao CPM

Os indicadores de performance corporativos podem ser estudados e implementados a partir de uma combinação composta por soluções como Business Intelligence , Business Planning e Business Scorecard.

De acordo com Novato (2017) “Business Intelligence (BI) refere-se ao processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoração de informações que oferecem suporte à gestão de negócios”. Ferramentas de BI capacitam as organizações a acessarem dados e explorarem as informações geralmente presentes em um data warehouse (DW). O DW, por sua vez, é criado a partir de operações de Extract, Transform, Load (ETL) advindas de diversas fontes e repositórios de dados transacionais. As informações no DW são analisadas, permitindo que a organização desenvolva interpretações que permitam tomadas de decisões mais assertivas e consistentes.

As soluções de BI em uma organização são de fundamental importância para seu o crescimento estruturado. Assim como nas soluções de BI, os bancos de dados gerenciais (data marts e DW) são utilizados para auxiliar as equipes de planejamento no desenvolvimento da estratégia corporativa, garantindo o acesso facilitado e estruturado às informações necessárias para o desenvolvimento do planejamento. A figura ilustra este cenário. 

Business Intelligence
Fonte: < senior.com.br >

Usando soluções de business scorecard , o acompanhamento dos resultados da empresa pode ser realizado por meio de números, gráficos, mapas e tendências, apresentados por indicadores de desempenho que informam a situação de cada variável analisada de acordo com suas estruturas, estratégicas e filosofias de trabalho. Relatórios gerenciais, emitidos a partir do balanced scorecard, servirão de suporte às organizações na tomada de decisão.

O processo de tomada de decisões

Até aqui, falamos de soluções de apoio às decisões estratégicas para o negócio. Aqui vamos discutir e esclarecer a que se refere, afinal, o processo de tomada de decisões no ambiente corporativo.

Uma das principais atividades que qualquer executivo tem que exercer é a tomada de decisões. Os executivos passam grande parte de seu tempo estudando o ambiente externo no qual os negócios da empresa estão inseridos e procurando orientar o planejamento estratégico da empresa e identificar as melhores ações a serem tomadas.

A tomada de decisão é muito mais do que o momento da escolha da ação, é um processo que envolve processos comparativos, escolha de parceiros, exame da capacidade operacional da empresa, análise de cenários, projeção de futuro, identificação de riscos e de oportunidades, análise da concorrência, dentre outros tantos requisitos (FRANCO, 2009).

Os requisitos de informação gerencial dependem muito do nível de administração envolvido. Existem diferentes níveis de tomada de decisão. Estes níveis são classificados como estratégico , tático e operacional

Níveis estratégico, tático e operacional.
Fonte: < i2.wp.com >

No processo de tomada de decisões é muito importante saber a quantidade e a qualidade de dados e informações à disposição do gestor ou administrador. Para ajudar o executivo neste processo crucial, é necessário utilizar as ferramentas de apoio à decisão em uma hierarquia capaz de diferenciar as necessidades dentro das diversas situações na organização, o que reforça a importância da informação.

Cada nível de administração, seja estratégica, tática ou operacional, possui diferentes necessidades de informação. Isso tem implicações importantes para a escolha das ferramentas de apoio à decisão que a empresa deva adquirir. A figura ilustra os tipos de informação e ferramentas de acordo com o nível de tomada de decisão. 

Informações nos níveis decisórios – utilização dos dados.
Fonte: < jkolb.com.br >.

De acordo com Leme (2017), em função do nível administrativo, estas são as principais atividades com as quais o gestor deve lidar:

  • Planejamento e controle estratégico: “[...] o planejamento estratégico envolve as grandes decisões e os objetivos que a empresa deseja atingir, sendo de responsabilidade da diretoria, do CEO, do proprietário ou de outros profissionais envolvidos na administração.” Estes profissionais também realizam a confecção da missão, da visão e dos valores do negócio, bem como a definição e o efetivo uso dos recursos disponíveis. O planejamento estratégico define os rumos que a empresa deve seguir, visando atingir determinados cenários no futuro. Os planos são mais amplos, com foco no longo prazo – geralmente entre 5 e 10 anos – e devem ser feitos em sintonia com o mercado, usando instrumentos que permitam mensurar e analisar fatores internos e externos para a elaboração dos objetivos.
  • Planejamento e controle tático: O planejamento tático é mais detalhado que o estratégico, pois contém passos e metas para o alcance dos propósitos traçados pela alta administração. Os objetivos da empresa são segmentados para cada departamento ou setor organizacional. “O planejamento tático deve ficar sob responsabilidade da gerência intermediária, que elabora processos e adota ferramentas com o objetivo de atingir as estratégias da empresa. O tempo para execução de cada plano proposto varia de 1 a 3 anos.” (LEME, 2017)
  • Planejamento e controle operacional: “No planejamento operacional do negócio, os processos e as ações elaborados pelo nível tático se tornam rotinas e tarefas concretas. Esse é o nível que demanda menos tempo de abrangência – normalmente apenas alguns meses.” (LEME, 2017) O nível de detalhamento é alto e inclui as pessoas responsáveis pelas atividades, os procedimentos básicos a serem realizados, os recursos e equipamentos para a execução de tarefas, os resultados pretendidos e até mesmo a análise de riscos. O planejamento operacional está diretamente ligado às atividades que os funcionários fazem no desempenho de suas funções. Por isso, as ações operacionais devem ser planejadas em conjunto com eles. As ações operacionais costumam ser mais formalizadas, com procedimentos bem estruturados.

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