sábado, 7 de novembro de 2020

Custos de implantação de DMs e DW

Por serem menores, os DMs possuem uma implantação mais rápida do que o DW, porém utilizam a mesma abordagem. De acordo com Sowek (2009):

o maior atrativo para implementar um Data Mart é seu custo e prazo. Segundo estimativas, enquanto um DM custa em torno de R$ 100 mil a R$1 milhão e leva cerca de 120 dias para estar pronto, um DW integral começa em torno dos R$ 2 milhões e leva cerca de um ano para estar consolidado.

Mas não existe um projeto padrão que possa ser implementado em todas as empresas. Assim, estes valores citados por Sowek e mostrados na quadro, são apenas estimativas, pois o investimento para o projeto do DW depende de cada caso.

Comparação entre implantação de DM e de DW.
  Data mart Data warehouse
Tamanho De 50 GB a 250 GB Vários terabytes ou mais
Propósito Área ou assunto específico
Visão departamental
Repositório da organização
Visão corporativa
Como iniciar Bottom-up Top-down
Controle Departamental Sistema de Informação
Tempo Implementação 3 a 6 meses 1 até 2 anos
Custo Implementação De R$ 100.000 a R$ 1.000.000 Milhões de reais
Fonte: SOWEK, 2009.
 
TCO – Total Cost of Ownership.
Fonte: Biz Idea Production/Shutterstock.

De acordo com Bedi (2015), a melhor forma de analisar dados vindos de múltiplas fontes é usando um DW. Mas, independentemente do uso de data warehousing, a tecnologia tem um custo alto (TCO – Total Cost of Ownership), incluindo custos diretos e indiretos, como software, hardware, recursos humanos etc. Todos estes custos devem ser considerados antes que uma empresa inicie a implantação do DW e/ou DMs.

Ainda de acordo com o autor, os custos são assim definidos:

  • Software: O software necessário para executar um DW não vem com o hardware, por isso licenças têm que ser adquiridas para atender a demanda da empresa. Mesmo começando em poucos milhares de dólares, esse custo pode subir muito. O pleno funcionamento do DW inicia-se depois da carga de terabytes de dados e o volume de dados tende a crescer. Os custos também crescem a partir do aumento do número de usuários, aquisição de mais licenças e mais servidores etc.
  • Hardware: A aquisição de hardware poderoso o suficiente para suportar e executar consultas complexas resulta em altos custos. Um DW necessita de servidores para executar software especializado, espaço em data center para os servidores, hardware para armazenamento de big data, rede de computadores de alta velocidade para acesso aos dados do DW, hardware para a redundância de dados etc. Estes custos tendem a aumentar na medida em que o volume de dados e de consultas aumenta, refletindo no aumento de todos os componentes de hardware que suportam o DW.
  • Pessoas: Mesmo que haja software e hardware adequados, esforços humanos são essenciais para gerir e manter o ambiente de DW. Além disso, o pessoal do departamento de TI e usuários regulares têm que ser capacitados e treinados para usar efetivamente todo o aparato. Isso implica igualmente em custos crescentes.

Em função do exposto, o TCO resultante da soma dos cursos de software, hardware e pessoas para construção de um DW pode ser muito grande. Bedi (2015), entretanto, pondera que algumas tecnologias podem contribuir para a redução de custos, como o uso de Data Warehouse as a Service (DWaaS).

DWaaS pode significar a utilização de software sob medida, pagando-se pelo uso de licenças, no modelo pay-as-you-go. Em relação ao hardware, o mesmo pode ser contratado sob demanda, de forma que passe do modelo de capital expenditure (capex) para o modelo operational expenditure (opex) baseado em taxas de uso por hora ou por mês. Desta forma, o hardware pode ser aumentado de forma elástica, sob demanda. Negócios baseados em DWaaS especializados em DW podem reduzir os custos de US$ 20 mil a US$ 40 mil dólares por terabyte para US$ 1.000 a US$ 5.000 dólares por terabyte. Com a contratação de software e hardware, os custos com pessoal também são reduzidos.

Saiba mais     

Data warehouse ou Data mart?

Ralph Kimball é um defensor da teoria de que o DW deve ser dividido para depois ser conquistado, ou seja, que o mais viável para as empresas é desenvolver vários Data Marts para posteriormente integrá-los e, assim, chegar-se ao DW. Na sua avaliação, as empresas devem construir Data Marts orientados por assuntos. Ao final, teriam uma série de pontos de conexão entre eles, que seriam as tabelas Fato e Dimensão em conformidade. Dessa forma, informações entre os diferentes Data Marts poderiam ser geradas de maneira íntegra e segura. Kimball batizou esse conceito de Data Warehouse Bus Architeture.

Bill Inmon rebate essa teoria e propõe justamente o contrário. Na sua avaliação deve-se construir primeiro um Data Warehouse, modelando-se toda a empresa para se chegar a um único modelo corporativo, partindo-se posteriormente para os Data Marts construídos por assuntos ou departamentais. Inmon defende a ideia de que o ponto de partida seriam os CIF – Corporate Information Factory – uma infraestrutura ideal para ambientar os dados da empresa. O CIF seria alimentado pelos sistemas transacionais. A construção de um ODS- Operational Data Store seria facultativa, mas essa iniciativa ajudaria a reduzir a complexidade da construção de um DW, uma vez que todo o esforço de integração entre os sistemas transacionais da empresa seria depositado nele.”

(Fonte: <social.technet.microsoft.com>)

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