segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Arquitetura de DW

A escolha da arquitetura pode não ser prioridade no começo de um projeto de DW, pois pode ser definida ou mesmo modificada após o início da implementação. Entretanto, pode-se despender um longo tempo caso seja esta a opção inicial.

A escolha da arquitetura do DW é uma decisão gerencial do projeto, normalmente baseada em fatores relativos à infraestrutura disponível, às características do negócio (porte da empresa), ao escopo desejado, à capacitação dos empregados da empresa e, principalmente, ao orçamento disponibilizado ou projetado para o investimento.

A abordagem de implementação escolhida é uma decisão que pode causar fortes impactos quanto ao sucesso de um projeto de DW. Muitas variáveis afetam a escolha da implementação e da arquitetura, entre elas o tempo para a execução do projeto, o retorno do investimento a ser realizado, a velocidade dos benefícios da utilização das informações, a satisfação do usuário executivo e os recursos necessários à implementação da arquitetura.

A seleção de uma arquitetura determinará ou será determinada pelo local onde o DW ou os DMs serão armazenados. Há diversas opções que podem ser determinantes na definição da arquitetura, por exemplo: os DMs podem residir em uma instalação central, podem ser distribuídos em instalações remotas ou locais, podem ser administrados de forma centralizada ou independente.

A seguir apresentaremos as principais arquiteturas e exporemos sua configuração básica.

3.5.1 Arquitetura global

De acordo com Machado (2012, p. 50),

a arquitetura global é a que suporta toda ou a maior parte dos requisitos ou necessidades de um Data Warehouse integrado com grande grau de acesso e utilização das informações para todos os departamentos de uma empresa. O termo global reflete o escopo de acesso e utilização das informações na empresa e significa apenas “por toda a empresa”.

Nesta abordagem, o DW é projetado e construído com base nas necessidades da empresa como um todo, como um repositório comum de dados de suporte à decisão, acessível em toda a empresa e disponível para todos da empresa.

A arquitetura global pode ser fisicamente centralizada ou fisicamente distribuída nas instalações de uma organização.

  • A centralização física é utilizada quando a organização tem sede única em um único lugar e o DW é administrado por um departamento de TI.
  • A distribuição física é utilizada quando a organização tem sede e outras filiais em diversos locais físicos e os dados estão em instalações físicas diferentes. A administração também é feita por um departamento de TI.

Dizer que um departamento de TI administra o DW não significa dizer que esse departamento realiza o controle do DW. Por exemplo, na arquitetura global fisicamente distribuída o DW pode ser controlado por um outro departamento, como o de Planejamento Estratégico, que fica responsável por decidir quais dados devem ser carregados no DW, quando deve ser realizada a carga incremental ou sua atualização e quais setores e pessoas terão direito de acesso aos dados.

O departamento de TI e seus profissionais realizam a administração e a implementação do DW, notadamente porque é o TI que administra as redes de comunicação de dados da empresa e sua infraestrutura associada.

A figura abaixo ilustra os dois caminhos de utilização de uma arquitetura global para DW. No topo da figura você pode observar que o DW está distribuído em três instalações físicas, e na parte de baixo, o DW reside em uma única instalação.

Arquitetura global centralizada e distribuída.
Fonte: MACHADO, 2012, p. 51.

Os dados são extraídos de sistemas transacionais e de fontes de dados externas por processos batch, ou seja, em lote em horários de baixa das operações. Os dados são filtrados, aqueles não necessários são excluídos e a transformação é realizada visando atender critérios de qualidade e respeitar os requisitos levantados para o projeto. Após este processo, os dados são então carregados para o DW para que os usuários finais tenham acesso a eles.

Machado (2012) afirma que a arquitetura global habilita os usuários finais a utilizar visões corporativas de dados, que normalmente são requisitos de negócio, e alerta que esse tipo de arquitetura consome muito tempo de desenvolvimento e administração, e tem a desvantagem que seu custo de implementação é muito elevado.

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