sábado, 2 de maio de 2020

UML

A partir de 1994, Grady Booch e James Rumbaugh criaram o Método Unificado, versão 0.8, por intermédio da Rational Corporation. Em 1995, Ivar Jacobson juntou-se à equipe com o seu método OOSE. Em 1996, a Rational encaminhou à OMG (Object Management Group) uma proposta para uma notação padrão de modelagem orientada a objetos, que, por unanimidade, foi aceita pela entidade. Nesse mesmo ano, foi criada a ferramenta UML – Unified Modeling Language, versão 0.9, que agrega os conhecimentos dos três autores.
A UML - Unified Modeling Language (Linguagem de Modelagem Unificada) foi criada em 1996 por Jacobson, Booch e Rumbaugh. Em 1997, a Rational lançou a UML versão 1.0. No mesmo ano, com a participação de novos colaboradores, foi lançada a versão 1.1 revisada, e, em meados de 1998, a versão 1.2. A partir desta, novas revisões foram editadas, conforme consta no site oficial da OMG (Object Management Group).

A UML não é um método, não é uma linguagem de programação e não é uma especificação para ferramentas de modelagem. Ela é uma linguagem de modelagem.

O OMG (2014) conceitua UML como “linguagem para especificação, construção, visualização e documentação de artefatos de um sistema de software intensivo”. Nesse caso, artefatos significam testes, projetos, protótipos, requisitos, códigos etc.
A UML utiliza uma notação padrão, comum a todos os ambientes e empresas. Os modelos são documentados e publicados com alcance mundial. Sua notação e sua semântica permitem que as necessidades dos usuários sejam atendidas com qualidade.
Para utilizar a UML de forma eficiente e produtiva, são necessárias ferramentas que auxiliam na modelagem.

Algumas das principais ferramentas disponíveis no mercado para modelagem UML incluem:
  • Enterprise Architect (Sparx Systems)
  • MS Visio (Microsoft)
  • System Architect (Choose Technologies)
  • Poseidon (Gentleware)
  • Together (Borland)
  • Rational Software Architect (IBM)
  • Astah (Change Vision Inc.)
  • PowerDesign (Sybase)
Certamente há outras ferramentas, cada uma delas com suas especificações e características individuais. Assim, torna-se necessário escolher aquela que atenda às reais necessidades de cada projeto.
De acordo com Page-Jones (2001), os sete objetivos que Booch, Jacobson e Rumbaugh estabeleceram para si próprios ao desenvolverem a UML são:
  1. Prover aos usuários uma linguagem de modelagem visual expressiva e pronta para uso, de forma que eles possam desenvolver e intercambiar modelos significativos;
  2. Prover mecanismos de extensibilidade e especialização para ampliar os conceitos centrais;
  3. Ser independente de linguagens de programação e processos de desenvolvimento particulares;
  4. Prover uma base formal para entendimento da linguagem de modelagem;
  5. Estimular o crescimento do mercado de ferramentas orientadas a objetos;
  6. Suportar conceitos de desenvolvimento de nível mais alto, tais como colaborações, estruturas, modelos e componentes;
  7. Integrar as melhores práticas.
Page-Jones ainda acrescenta quatro objetivos que estão implícitos no trabalho dos criadores da UML e foram atingidos com êxito:
  1. Existência de uma UML mais simples dentro de uma UML abrangente e geral.
  2. Utilização em diversas perspectivas de modelagem.
  3. Existência de correspondência com o código suficiente para permitir reengenharia.
Utilização assistida por computador e também de forma manual.

A UML utiliza diagramas para representar um software durante todo o ciclo de vida de um sistema. Junto com a notação gráfica, a UML também especifica os significados, isto é, a semântica dos modelos. Assim, a UML não é uma metodologia de desenvolvimento, o que significa que ela não diz o que se deve fazer primeiro e em seguida como projetar seu sistema, mas auxilia a visualizar o desenho e a comunicação entre objetos do sistema sendo modelado.

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